segunda-feira, 30 de março de 2020

O Homo que não "Sapien" de nada...

Há cerca de 300 mil anos surgiu o Homo Sapiens, nossos parente mais próximo na escala evolutiva, já que hoje somos Homo Sapiens Sapiens (bem... Nem todos).

A vitória do homem na sua jornada evolutiva se deu por meio do desenvolvimento de seu cérebro e sua capacidade inerente de raciocínio. Raciocínio que permitiu que o homem ampliasse mais e mais, não só seu cérebro, mas também a capacidade do seu uso.
Isso deu a vitória a esse ser franzino, pelado, vulnerável diante de tantos outros predadores e adversidades da natureza.

O uso do cérebro como "processador" e das suas mãos como "hardware" fez com que o homem pudesse se sobrepor ao topo de todas as outras formas vivas.
Se tornasse, o "dono do mundo".

Bom, pelo menos, até recentemente, vinha pensando isso.
Esqueceu-se que passou a abusar de sua própria capacidade, e daquilo que o mundo tinha a oferecer-lhe.

E aquela criatura, que antes, por meio do raciocínio e inteligência, conseguiu se impor na dura e implacável teoria da evolução, acabou por sua própria soberba, criando os meios para que a própria natureza o "freasse" de tempos em tempos.

A evolução foi tão grande, criamos tanto, fizemos tantas maravilhas, que nos acomodamos. Temos tudo pronto, a nosso alcance, até mesmo ideias.

A evolução do homem sempre se deu por um objetivo implícito em tudo: o conforto.
E esse conforto nos entorpeceu, nos estagnou - não todos - mas grande parte.

Nos fez criarmos hábitos ruins, valorizar o pífio e menosprezar o que realmente deveria importar.
Evoluímos tanto, vencemos tanto para, com todo o fruto de nossa inteligência,  eis que voltarmos a ser "burros".
De todas as formas.

Acredite, era pra existir duas espécies hominídeos, se uma delas não se recusasse a usar o cérebro aliado a sua força bruta: o Neanderthal.
Esse se foi. Pela incapacidade de desenvolver seu cérebro. Restou o Homo Sapiens, que chegou a ser o Sapiens Sapiens...

Mas que pelo visto, não "sapien" de nada. Pelo menos, uma boa parte.
A evolução é continua, e não pense que parou em nós. Ainda há por vir, isso se o ser humano, não destruir o lar em que ele é hospede, mas se acha dono.
Se não acordamos, seremos nosso próprio meteoro.

Que engano.


- Marcelo Simões 

PS: o morcego não tem culpa, nós sim.

terça-feira, 17 de março de 2020

Pandemias (ou "Obrigado Pelos Peixes")

Como a História pode ser (e acaba sendo) cíclica.
A Peste Negra, que devastou 1/3 da população europeia no século XIV, veio do Oriente e entrou na Europa pela Itália, mais precisamente pelos portos das cidades de Gênova e Veneza, que com seus navios, trouxeram ratos infectados para o continente e vários locais na costa do Mediterrâneo e Mar Egeu.
Naquela época a doença de espalhou por uma combinação de falta de saneamento básico, falta de práticas de higiene e limpeza, pessoal e urbana (as cidades renasciam desde fins do Império Romano) e – principalmente, como fator não tão menos decisivo – a desinformação, ignorância e crendice.
Só não foi pior pois ainda não haviam começado as grandes navegações e as terras da do Novo Mundo, literalmente desconhecidas.
Hoje vemos algo parecido ocorrer, num contexto todo novo e contemporâneo, cheio de tecnologia e ainda mais velocidade no fluxo de mercadorias, pessoas e comunicação.
O ponto em comum entre a primeira grande pandemia da História e a atual que presenciamos, além da origem e vetores, é a IGNORÂNCIA e desinformação (no meu ponto de vista, se resumem a uma coisa só).
A História nos ensina, e se não aprendemos, ela se repete.
...quantas vezes for preciso.
Como diriam os golfinhos do "Guia do Mochileiro das Galáxias":
"ATÉ LOGO! ...E OBRIGADO PELOS PEIXES."
🐋
(coloquei uma baleia porque ela é um cetáceo, como os golfinhos! ...e não vi emoji de golfinho nessa droga! ...e começo a desconfiar que são realmente mais inteligentes do que nós, só deram azar de nascer sem mãos e não bípedes)

-Marcelo Simões 
18 de março, 2020.